terça-feira, 5 de junho de 2012

A Porteira


                                                                   

   Ao passar por aquela porteira, senti minha terra mais perto de mim,Eu confesso que era o meu sonho rever a fazenda onde eu me criei.De emoção eu estava chorando porque minha angústia chegava ao fim,Eu não via chegar o momento de abraçar meu povo que um dia deixei.

Que surpresa cruel me aguardava ao ver a fazenda que se transformou,Os amigos que aí permanecem se mudaram tanto que nem reconheci.Quase todos daí foram embora e a velha colônia deserta, então, ficou,Os que ficaram não me reconheceram, pois com tempo eu envelheci.E você, minha velha porteira, também não está como outrora deixei,Seus morões pelo tempo corrido, já bem carcomidos, eu os encontrei.Já não ouvi as suas batidas e o seu rangido muitas lebranças me traz.Porteira, passaram–se muitos anos e a saudade me obrigou a voltar,Porque aqui nesta cidade, a felicidade eu nunca consegui encontrarE hoje, você é saudade do bom tempo de infância que não volta mais. 



autor: João Marino Delize

Um comentário:

  1. Musica maravilhosa. Perfeita. Qdo ouço lembro do Sitio da Vovó. Tempo de criança.

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